sábado, 17 de outubro de 2009

“SE ENSINO”, “ACREDITO”

Se creio esta fé é em mim verdade, mesmo que posteriormente algum céptico ou algum outro possa refutá-la.
Há muito que um amigo me disse - Se você quer aprender torne-se professor!
Nesta via de intenso tráfego em vias de mãos múltiplas Somente posso “ensinar” aquilo em que acredito.
Não posso, apesar de poder e às vezes dever, simplesmente usar os jogos pelos jogos. Tenho os jogos teatrais como foco para a revolução que leva a autonomia e a cooperação para a transformação do teatro de ilusão em realidade cênica.
Não é algo que eu quero mostrar é algo que quero viver. E até por isto rompemos com a dinâmica e não abandonamos a história de vida. Começamos reconhecendo que fazemos imposições a nos mesmos, para nos libertarmos delas.
Na representação a respiração é o centro de toda transformação cênica. A cena pulsa, pausa, pulsa.
Entre alongamento, aquecimento,integração, dando, tomando, convergindo, redividindo, improvisando introduzi uma atividade advinda de jogo psicodramático.. Não há espaço para terapia, mas arte é sempre reveladora.
A caça da “verdade absoluta do texto” não pode servir de tropeço.
É preciso cuidar que as palavras escritas umas atrás das outras formando seqüências de sons que nos inspiram inicialmente alguma idéia que com certeza está ligada a outra idéia e a mais outra, todas elas geradas por um núcleo maior ligado a outros núcleos interligados por uma invisível “linha contínua” traçada por ou para um “superobjetivo” não se transformem em cadeias para a criação.
Fomos de volta a palavra “pedra bruta”, outro desafio antes que o texto-auxílio tornasse razão de ser; descortinamos a vontade criadora,
Unidade e episódios, divisão temporária, diálogo cantado, soletrado, câmara lenta, com foco em vogais ou consoantes. Desconstrução com foco. Não a conformação obvia e escravisante. Texto não é ponte, talvez abismo de beirais costurados pelos subtextos.
Ao respeitável dramaturgo: estamos brincando de construir outros impérios.

Um comentário:

  1. NÃO SE PODE POR NUMA PESSOA AQUILO QUE ELA NÃO TEM; ELA, APENAS, PODE TENTAR DESENVOLVER O DOM QUE ACASO POSSUA. Já escreveu Stanislavsky em "A Preparação do Ator"

    ResponderExcluir